terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Protesto em Ceilândia: a teoria e a prática da cidadania

Protesto em Ceilândia: a teoria e a prática da cidadania E-mail
Escrito por Leonardo Ortegal   
Ter, 07 de Fevereiro de 2012 16:26

Protesto em Ceilândia: a teoria e a prática da cidadania

Cidadania. Tá aí uma palavra que já se encontra até desgasta, de tanto ser dita e repetida nos tempos de hoje. Parece até que todo mundo sabe o que é, mas é só pedir para alguém explicar, que vemos o quanto a cidadania é um falso conceito na mente do brasileiro. Diversos livros explicam o que é cidadania, uns gastam 100 páginas, outros precisam de mais. Mas, sinceramente, nenhum dos que li achei tão bom assim.

Para não complicar o assunto, poderíamos pensar nessa conversa que cidadania tem a ver com 'ser da cidade'. Ter importância para a cidade, para aquilo que ela pode nos oferecer de bom, e para as necessidades que a cidade tem. O cidadão e a cidadã sabem usufruir da cidade, e sabem que tem um dever de zelar por ela.
O que está ocorrendo em Ceilândia é o seguinte: existe um Sesi que atende a população de Ceilândia há mais de 30 anos, até que, de repente, simplesmente apareceu fechado no início desse ano, e não se sabe bem o porquê. Crianças sem escola, atendimentos de saúde encerrados, esporte cancelado e trabalhadores mandados embora. Por que!? Ninguém sabe ao certo. Os rumores são a venda para redes de supermercados ou para empresas da construção civil. O Sesi já está fechado, mas ainda não foi vendido.

Diante dessa situação, a cidadania teoricamente estaria ameaçada em Ceilândia. Onde já se viu, reduzir o acesso a saúde, educação e cultura na cidade, para construir mais prédios ou mais mercados? Na teoria, alguma coisa precisa ser feita. Na prática, cidadãos estão se organizando, e faremos um protesto em frente ao SESI, contra o fechamento do lugar e contra a construção de qualquer outra coisa ali que não seja acesso a mais cidadania pro povo. Levaremos faixas, cartazes, som, e a mídia. Pode não ser o manifesto perfeito, mas é o real. É o que temos pra hoje, e é o começo.

Essa não é uma luta em defesa do SESI. O que está em disputa é: espaço é do povo X espaço das construtoras. É saúde, educação e cultura X especulação imobiliária. Essa é a luta.

E pra quem acha que essa situação não tem a ver com você, apenas porque não mora na Ceilândia ou não usa o SESI de lá, eu alerto. Ontem foi Pinheiro, hoje é o SESI, amanhã é o cerrado, e depois de amanhã, é o ar que você respira.

Protesto

Abraço simbólico ao SESI Ceilândia

Data: 09/02/2012 às 09h00.

Local: Em frente ao SESI Ceilândia (na mesma rua do Hospital de Ceilândia)




por Leonardo Ortegal para o Jornal O MIRACULOSO

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

MARCHA MUNDIAL DO CLIMA

Caros cidadãos do Planeta,

Solicitamos URGENTE e especialmente sua participação na MARCHA MUNDIAL DO CLIMA, 06/12/11 as 08h00 na Esplanada dos Ministérios, e divulgação para todos seus professores , alunos e pais pelos meios eletrônicos,via cartazes e presencial. Solicitamos também especial ajuda na divulgação em todas mídias sociais( facebook,orkut e etc).

O SOS CLIMA TERRA - Campanha Mundial por Justiça Climática, Sustentabilidade e Contra o Aquecimento Global é um fórum da sociedade civil existente em 100 países, tratando prioritariamente da questão da crise climática , do aquecimento global e da sustentabilidade com o objetivo de conscientizar e mobilizar toda a sociedade e Governos para a urgência e emergência que é a crise climática planetária.

A ONU, através de seu braço científico para mudanças climáticas, o IPCC-ONU (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), determinou para a sobrevivência da humanidade que mudemos 50% da matriz energética do planeta até 2020, saindo da energia suja, fóssil e não renovável, e entrando na energia limpa e renovável. A ONU informou que não podemos admitir que a temperatura média do planeta suba além de 2°C , pois senão romperemos o mínimo de equilíbrio que o clima ainda tem e será catastrófico para a vida na Terra.

Estamos numa corrida absoluta contra o tempo. Todo ano, nós temosmilhões de mortes por causa da crise climática. No Brasil, só nestes primeiros quatro meses, tivemos ,em 17 estados, mais de 3.500 mortes, mais de 180 mil desabrigados, mais de 5 milhões de feridos e mais de 5 bilhões de prejuízos materiais( dados da Defesa Civil Nacional).Como colaboração para a Campanha da Fraternidade 2011 - “Fraternidade e Vida no Planeta”, já se preparando para a Marcha Mundial por Justiça Climática, Sustentabilidade e Contra o Aquecimento Global , e tendo em vista que é a partir da democratização da informação que se mobiliza a sociedade para exigir dos Governos as mudanças urgentes e necessárias à sobrevivência da humanidade, realizamos palestras no Distrito Federal, direcionadas à comunidade acadêmica, sindicatos, igrejas, e sociedade civil em geral, com o objetivo de apresentar a crise climática nas suas dimensões geopolítica, técnica, moral , filosófica e espiritual e este ano estamos incluindo a relação com o Código Florestal também.

Reconhecendo a prioridade absoluta desse tema, firmam uma parceria o SOS CLIMA TERRA- Campanha Mundial por Justiça Climática, Sustentabilidade e Contra o Aquecimento Global, a Arquidiocese de Brasília a UnB, a UCB, a OAB-DF e varias outras instituições de ensino e promoveram, a palestra: “Emergência Climática, Sustentabilidade e Aquecimento Global – em todas suas dimensões,incluindo o Código Florestal”. Na palestra, houve a projeção do filme “Home, Nosso Planeta, Nossa Casa”, do diretor Bertrand.Em função da gravidade e urgência da temática abordada tivemos no evento a presença dos representantes máximos de todas as instituições envolvidas, nas pessoas de Reitor José Geraldo,Reitor Cícero Gontijo, Dom Sergio Rocha,Dr. Francisco Caputo e Dir.Valter Zancanaro e os Diretores das Escolas Públicas da Secretaria de Educação do GDF ( CEAN,Colégio Elefante Branco,Colégio Gisno ) .

É CHEGADA A HORA DA MARCHA MUNDIAL DO CLIMA, 06/12/11 as 08h00 na Esplanada dos Ministérios,articulem o ônibus que trará vocês à Marcha. Iremos entregar as reivindicações da sociedade brasileira ao Congresso Nacional e às Embaixadas dos EUA e China respectivamente.

ULTIMA REUNIÃO ORGANIZATIVA DA MARCHA: 2 feira, 05/12/11, 17h00 as 19h30 na EQS 309/310, 2 andar no Centro Cultural Lennox Brasil. SUA PRESENÇA NESTA REUNIÃO ORGANIZATIVA É MUITO IMPORTANTE PARA TERMOS UMA MARCHA FORTE E BEM ORGANIZADA,TE AGUARDAMOS!!!

POR FAVOR CONFIRME PRESENÇA À REUNIÃO 8235 4030 e 8103 2211.

Respeitosamente,

Glaucia Dias
SOS CLIMA TERRA 61 8103 2211

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Encontro: “A REDE FAZ”


O evento

No dia 10 de novembro de 2011, a Rede Social de Ceilândia realizará um evento de grande importância para a cidade. Trata-se de um encontro que visa reunir os secretários de Saúde, Educação, Mulher, Segurança Pública, além da possível presença do governador Agnelo Queiroz. O evento, intitulado “A Rede faz”, tem como objetivo apresentar aos representantes do governo as principais demandas da cidade para cada uma das respectivas áreas, e ouvir as propostas de cada secretário convidado. O evento visa também demonstrar a organização e mobilização da cidade, rompendo com a imagem de colégio eleitoral manipulável.

Serviço: 10/11/2011 – 9h00, Local: Auditório da Faculdade IESB. Organização: Rede Social de Ceilândia.


Sobre a Rede

A Rede Social da Ceilândia surgiu em fevereiro de 2008, a partir da iniciativa do Serviço de Atendimento a Famílias em Situação de Violência - SERAV, da Secretaria Psicossocial Judiciária do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), com a finalidade de promover ações para prevenir e enfrentar a violência e a violação de direitos contra crianças, adolescentes, mulheres e homens. Desde então, a Rede se expandiu e várias instituições da cidade, serviços, grupos e líderes comunitários passaram a fazer parte da mesma, buscando conhecer as diferentes ações, explorar as potencialidades e também integrar serviços.

Nesse sentido, a Rede Social ainda tem como principais finalidades: viabilizar a interação e a ação conjunta entre as distintas instituições e sujeitos sociais; valorizar a participação social de diversos atores sociais; trocar experiências e compartilhar informações; possibilitar à comunidade maior conhecimento de seus direitos; atuar como força política diante do governo; criar parcerias; e fortalecer os movimentos sociais.

Cerca de 40 instituições, programas e serviços, representados por profissionais do setor público, iniciativa privada, cidadãos e lideranças comunitárias. Abaixo seguem os nomes de algumas destas.


Academia de Polícia Civil/ Polícia Comunitária; Amigos da Paz; Academia de Polícia Civil / Divisão de Polícia Comunitária; Ação Social pela Cultura, Esporte e Lazer – ASPCEL; Associação Fomento Social; Associação União e Luta P. Sul; Casa do Cravo e a Rosa; Centro de Atendimento a Vitimas de Violência - CEAV; Central Judicial do Idoso; Centro Comunitário São Lucas; Centro de Orientação Sócio-educativa – COSE/SEDEST; Centro de Referência da Assistência Social - CRAS/Ceilândia; Centro de Referência Especializado da Assistência Social CREAS/Ceilândia; Grupo Atitude; Grupo Arte cultura e Vida; Juventude Independente; Serviço de Atendimento a Família em Situação de Violência – SERAV/ Secretaria Psicossocial Judiciária - SEPSI/ TJDFT; Serviço de Atendimento ao Usuário de Substâncias Químicas – SERUQ / Secretaria Psicossocial Judiciária - SEPSI/ TJDFT; Programa Justiça Comunitária / TJDFT; Secretaria de Estado de Justiça de Direitos Humanos e Cidadania; Circuito Marista Jovem; Centro Salesiano do Menor; Conselho Tutelar de Ceilândia; Conselho de Saúde de Ceilândia; Diretoria Regional de Ensino da Ceilândia / Ouvidoria e Psicopedagógico; EDUCS- Programa Educação para a Cidadania e Segurança / PMDF; Fraternidade Pobre Katar – Pastoral Social Paróquia Nossa Senhora da Assunção; Hospital Regional da Ceilândia; Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Movimento Integrado de Saúde Comunitária – MISMEC; Movimento Pró Saúde Mental; Ecoatitude – Ações Ambientais; Valor Ambiental;• Paróquia Nossa Senhora da Assunção; Regional de Saúde da Ceilândia - Secretaria de Estado de Saúde e Administração Regional de Ceilândia – Diretoria Social.





Rede Social de Ceilândia

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Dialogando com a comunidade sobre o enfrentamento ao crack e outras drogas"

Caros Colegas da Rede Social,


No dia 22/09/2011 o CAPS- ad Ceilândia realizará o evento "Dialogando com a comunidade sobre o enfrentamento ao crack e outras drogas" de 08:00 às 12:00 horas, na tenda do antigo Centro de Saúde nº1 de Ceilândia. Sua presença é de extrema importância para fortalecermos nossa rede de Saúde Mental na Ceilândia. Em anexo, encontra-se o convite com a programação do evento.

Atenciosamente,


Fabiana Angélica Costa Faria

Gerente do CAPS-ad Ceilândia

Matrícula SES/DF 179935-5




***** Por favor encaminhar para todos os integrantes da Rede Social.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Arraiá do Hospital São Vicente

Não consegui a imagem do cartaz, mas as informações são as seguintes:

Será no dia 08/07 sexta feira,
a partir das 17h.
Hospital São Vicente de Paulo
Local: AE 01 setor C - Taguatinga

Festa de Comemoração: 21 anos do ECA !

Rede Social de Ceilândia



A Ação Social pela Cultura, Esporte e Lazer – ASPCEL, vem por meio deste, convidá-lo (a) a participar do evento que comemorará os 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA junto à comunidade da Expansão do Setor “O”. o evento irá ser realizado no dia 10 de julho na ocasião haverão shows musicais, lazer e conscientização para a importância do ECA. Sua participação e de extrema relevância uma vez que é um combatente em prol dos direitos infato-juvenis.

Desde já agradecemos a atenção.

Local do evento: Quadra de esportes da QNO 20, Expansão do Setor “O” Ceilândia. (ao lado do terminal rodoviário da Viação Planeta).

Horário: das 14:00 às 18:00

Expectativa de 1.000 pessoas no evento.



Contatos:
Ricardinho: 93289308 / 82453495
Tiago: 85933697
Wilton: 81795641


Reunião da Rede Social da -Ceilândia - mês de maio

Reunião da Rede Social da -Ceilândia
Local: CREAS Ceilândia
Data: 26/05/2011
Horário: 09 horas

Pauta: Construída coletivamente, uma vez que a pauta do mês de Abril não foi socializada.

Pontos discutidos na reunião

• Apresentação da Delegacia de Atendimento à Mulher – DEAM- Mônica

• Apresentação das atividades do CREAS – Graciele. Apresentação em anexo.

• Ata da reunião anterior: não foi lida, pois não foi encaminhada.

• Apresentação dos Trabalhos das Comissões – Educação e Lazer.

• PONTOS PRINCIPAIS DA REUNIÃO: Delegada da DEAM- Mônica. Iniciou a reunião, uma vez que não poderia ficar até o final. Referiu sobre a importância da união e estruturação da rede para o atendimento e proteção à mulher na Ceilândia; elogia os participantes da rede devido à sua organização e qualidade dos serviços prestados; RA escolhida devido aos altos índices de violência contra a mulher (4 delegacias, RA populosa); futuramente o trabalho irá se estender pelas demais RAs; Fone para contato direto da rede com a DEAM: 3442-4300.

Coordenadora do CREAS Ceilândia - Graciele. Apresentação em slides sobre a SEDEST/ CREAS (pegar com a coordenadora). Informações quanto ao Auxílio Vulnerabilidade foram solicitadas pela Promotoria de Ceilândia – Socorro. Leide, Coordenadora do CRAS Ceilândia Norte, explicita a importância de que não sejam encaminhadas famílias diretamente para receber tal auxilio, uma vez que irão passar pela avaliação da equipe técnica do CRAS para averiguar a possibilidade de repasse do auxílio, que é concedido em situações temporárias, as demais vêm sendo reiteradamente negadas pela Gerência de Benefícios Socioassistenciais (questão que irá ser discutida para melhoria do serviço). Grupo de acompanhamento às famílias em situação de extrema vulnerabilidade socioeconômica, onde são estabelecidas metas e avaliadas as situações em que serão concedidos os auxílios, ressaltando que nem todas as famílias vão ser beneficiadas a fim de que não se torne um benefício paliativo e gere “dependência” e assistencialismo. Foi solicitado um esclarecimento maior sobre a diferença entre CRAS e CREAS: Natália, Coordenadora do CRAS Ceilândia Sul refere como se dá o acolhimento das famílias, demanda de 20 a 30 usuários/dia. Participante - Regional de Ensino questiona o que seria o “acompanhamento”, Leide falou sobre o funcionamento do PAIF, demanda diária de 150 usuários, todos realizam cadastro socioassistencial onde são levantadas as demandas que definirão se o atendimento é pontual ou para acompanhamento (PAIF). Previsão de abertura de mais uma unidade do CRAS especificamente para o setor de chácaras. Participante (regional de ensino) questiona sobre os Programas de Transferência de Renda Governamental, se são contínuos e se há um encaminhamento para mercado de trabalho. Leide explicita as particularidades do Distrito Federal, define o Programa Vida Melhor e afirma a necessidade de se formar uma comissão intersetorial com educação e saúde para que sejam trabalhadas as condicionalidades. Delegada da DEAM questiona quais são os critérios para inclusão em tais programas, pois é sempre muito confuso: Leide afirma que, no DF, o critério “maior” é o corte de renda familiar de ½ salário mínimo per capita, aliado a isso são avaliadas as situações sociofamiliares, fato que é executado por uma gerência específica e não diretamente pelo CRAS (que é responsável especificamente pelo cadastramento da família).

• Participante da Regional de Ensino- Nelson justifica sua saída em virtude de uma Audiência sobre as Escolas Técnicas Federais, pontua que Ceilândia foi agraciada com a instalação de uma.


COMISSÕES

Participante Edilson – Comissão de Educação e Lazer

A comissão reuniu-se no dia 5 às 10h no CEM 02. Estiveram presentes os responsáveis pela Gerência de esporte, lazer, cultura e educação.

Informa que Governo Federal – MEC irá construir 3 creches (para crianças entre 0 a 3 anos de idade), foram solicitadas indicações de locais localizados em terreno público – GDF: sugeriu-se a instalação de uma no setor Pôr do sol, uma em Ceilândia Sul e outra na Ceilandia Norte. Relata ainda que a Rede pode sugerir locais. Serão destinadas 220 vagas por unidade, totalizando 660 vagas. A captação dos beneficiários dar-se-á, inicialmente, por endereço e serão selecionados pelos CRAS.

Encaminhamento: escolher 3 pessoas/entidades da Rede que irão participar do Fórum de Cultura, às quintas-feiras, no Centro Cultural, Biblioteca de Ceilândia, a partir das 19h. Não houve manifestação de interesse de nenhum membro.

Representante da Gerência de Cultura respondeu às questões que foram levantadas na referida reunião: Quais atividades estão sendo desenvolvidas? Seminário de Arte e Cultura; Oficina de Capacitação do CEAC; Pré- conferência de Cultura; Semana do Meio Ambiente, em parceria com a Regional de Ensino; CEI Drilha – 01-06; Festividades Juninas apresentações nas estações do metrô, rua mais enfeitada, Concurso de Quadrilha, Caravana do Hip Hop (escolas), salão de artes (centro cultural); Como a comunidade pode participar? Por meio do Fórum de cultura (centro cultural, sala de multiuso 2º andar) e do endereço eletrônico culturaraixceilandia@gmail.com e futuramente será divulgado o site; também, podem receber visitas para parcerias e maiores sugestões. Quanto ao Fórum de Esporte e Lazer, afirma que as gerências foram desmembradas.

Participante questiona sobre reunião com o administrador. Valdeci esclarece que já foi realizada. Levanta ainda a necessidade de definição de maiores critérios para captação/seleção das crianças que serão contempladas com as novas creches. Posteriormente será explicitada a questão.

Edilson refere sobre a necessidade de ampliação da comissão que possivelmente poderá definir os critérios. Prioridade da Rede: crecheS. Questiona quem tem interesse em participar: Ricardinho 9328-9328 e Marcos se candidataram a participar junto a esta comissão. Recursos da Copa 2014: a Rede poderá sugerir quais equipamentos devem ser construídos.


INFORMAÇÕES:

- Participante da Ouvidoria da Regional de Ensino afirma que o diretor da regional está visitando as escolas e tentando encaminhar as demandas.

- Valdeci apresentou o Programa Justiça Comunitária: Mediação de conflitos.

- Conselho comunitário de Segurança, regional de ensino, quinta feira, uma vez por mês = Cultura da paz.

INFORMES:

• No dia 25-05-2011, a partir das14h, ocorrerá Audiência Publica, no CEM 02,com o Dep. Federal Romário, onde será discutida a obrigatoriedade da prática desportiva na escola, apresentação de seu 1º projeto de lei. Haverá participação de alunos do ensino especial.

• No dia 29-05-2011, será realizada a III Ação Social Paróquia Nossa Senhora da Assunção, das 8h às 16h, entre a QNP 36 e o Condomínio Pôr do Sol.

• No dia 17-06-2011, das 8h às 12h30, no Auditório do Tribunal do Júri do Fórum de Ceilândia haverá um ciclo de palestras de lançamento do projeto: Estruturação da Rede de Proteção à Mulher.

• No dia 31-05-201, no Auditório do SESC Ceilândia, durante todo o dia, ocorrerá o 1º Seminário da Regional de Ensino de Ceilândia onde serão abordados os temas: atuações da Regional de Ensino nas 96 escolas, elaboração e consolidação do plano de ação; bem como a elaboração do Projeto Político Pedagógico da Regional. Todos os núcleos estarão presentes. Obs: a Regional estará fechada durante todo o dia.
• No dia 10-06-2011, acontecerá o 1º Baile dos Trabalhadores da Regional de Ensino Ceilândia, na Mansão Lara Park. Um momento de festividade, a fim de estreitar afinidades, aberto não só à educação, mas também à comunidade e à Rede Social de Ceilândia. O valor dos ingressos é de R$ 10,00.

• No dia 11-06-2011, às 14h será apresentado o filme Meu malvado favorito, como parte do Projeto Cinema na Comunidade, na CNR 01.

• Local da próxima reunião da Rede Social: CNR 01 Conj. N Casa 01 Setor QNR, em frente ao Terminal Biblioteca, Dia 30-06-2011, às 9h, Fone: 3379-3577 e 9248-8059

Residência da Aurora - biblioteca comunitária.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fiat abre seleção para curso de capacitação de jovens em Brasília

Fiat abre seleção para curso de capacitação de jovens em Brasília


Programa Árvore da Vida – Capacitação Profissional oferece 17 vagas em Eletroeletrônico de Automóveis, com possibilidade de contratação no final das aulas

A Fiat Automóveis, por meio do seu programa de responsabilidade social Árvore da Vida – Capacitação Profissional, está oferecendo 17 vagas no curso de Eletroeletrônico de Automóveis para jovens de ambos os sexos de Brasília, que tenham entre 18 e 22 anos. As aulas serão realizadas no Senai Taguatinga (Área Especial nº 2 C Norte), durante 12 meses. Ao final do curso, os jovens que apresentarem bom desempenho poderão ser contratados pelas concessionárias da Rede Fiat parceiras do programa, que em Brasília são a Bali, CVP, Estação, Esave e Tecar.

Por se tratar de um programa de inclusão social da montadora, serão aceitas inscrições de jovens moradores de áreas de vulnerabilidade social. Também é preciso ter o ensino médio completo ou estar cursando o último ano.



Durante os 12 meses de aula, os jovens receberão uniforme, material didático, alimentação (almoço e lanches), seguro de vida e vale transporte. O curso é certificado pelo Senai e o início das aulas está previsto para o dia 19 de setembro.



O processo de seleção terá uma avaliação socioeconômica, provas escritas de matemática, português e redação, teste psicotécnico, dinâmica de grupo e entrevista, exame médico e conferência da documentação, sendo que todas essas etapas são eliminatórias.



As pré-inscrições podem ser realizadas até 22 de julho, na Associação Centro Formativo e Educativo CEFE, localizado no Setor de Indústria Bernardo Sayão – SIBS, quadra 3, conjunto B, lote 13 - Núcleo Bandeirante - Brasília/DF. É necessário preencher a ficha de registro (disponível no próprio local) e apresentar cópia dos seguintes documentos: Carteira de Identidade, CPF, Carteira Profissional, Carteira de Motorista (se tiver), Certificado de reservista (para os homens), comprovante de residência e escolaridade, comprovante de renda de todos os membros da família.

Sobre o Programa Árvore da Vida – Capacitação Profissional

O Programa Árvore da Vida – Capacitação Profissional foi criado em 2006 pela Fiat Automóveis para beneficiar jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Oferece cursos na área automotiva formatados pelo ISVOR (Universidade Corporativa da Fiat) de acordo com a demanda das concessionárias Fiat. As aulas são ministradas pelo SENAI, um grande parceiro da montadora. Mais de 380 jovens já foram beneficiados pelo programa, que tem um alto índice de empregabilidade. De todos os formados até agora, 87% estão no mercado de trabalho.



A primeira turma foi oferecida em Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte onde está a fábrica da Fiat. Em 2009 o programa chegou a Brasília, onde já beneficiou 30 jovens em duas turmas do curso de Eletromecânica.



Além de Brasília, o programa é oferecido também em Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, São Paulo e Belo Horizonte.



Serviço: Inscrições para o Processo Seletivo Curso de Eletroeletrônico de Automóveis – Programa Árvore da Vida – Capacitação Profissional / Fiat

Pré-inscrições: até 22 de julho

Local: Associação Centro Formativo e Educativo CEFE

Endereço: Setor de Indústria Bernardo Sayão – SIBS, quadra 3, conjunto B, lote 13 - Núcleo Bandeirante - Brasília/DF

Horário: 8h às 16h

Documentos necessários: ficha de registro (disponível no local) e cópia dos seguintes documentos: Carteira de Identidade, CPF, Carteira Profissional, Carteira de Motorista (se tiver), Certificado de reservista (para os homens), comprovante de residência e escolaridade, comprovante de renda de todos os membros da família.



Início das aulas: 19 de setembro (previsão)

Local: Senai Taguatinga (Área Especial nº 2 C Norte)

Mais informações: (61) 3532-1978

Audiência Pública - Plano Nacional de Educação

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA

CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA de: R$ 40,37 (residencial) e R$ 56,08 (comercial)


Quando se trata do interesse da população, nada é divulgado.

Ligue 0800-619619 . Quando a secretária eletrônica atender, então

digite: 1 (um), 1 (um), 1 (um) . Assim você votou a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo.

O Projeto de Lei é o de n.º 5476, do ano de 2001.

Esse tipo de assunto NÃO é veiculado na TV ou no rádio, porque eles não têm interesse e não estão preocupados com isso.

Então nós é que temos de correr atrás, afinal quem paga somos nós!

O telefone a ser discado (0800-619619, de segunda à sexta-feira das 08 às 20h) é da Câmara dos Deputados Federal.

Passe para frente esta mensagem para o maior número possível.

LIGUE: 0800-619619 . Vamos divulgar!!!

Se aprovado o projeto, passará a ser lei e, a partir de então, cada um só pagará pelas ligações efetuadas, acabando com esse roubo que é a assinatura mensal.

Este projeto está tramitando na 'COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR', na Câmara.

Quanto mais ligar, maior a chance de ser aprovado.

NÓS BRASILEIROS AGRADECEMOS!

Não adianta a gente ficar só reclamando. É preciso que cada um contribua para que possamos conseguir aprovar o que nos interessa.

Quando podemos, temos que tomar alguma atitude contra os ladrões que surrupiam nossas pequenas economias...

Envie uma cópia para TODOS OS SEUS CONTATOS!


Beto Vale

INCA - Consultoria de Projetos
inca3setor@gmail.com
61 - 8217-3431 - Tim
61 - 9816-8890 - Vivo
61-8421-2882 - OI (desativado momentaneamente)
Skype: betovaledf
Messenger/Orkut: betoaesp@hotmail.com
3º SETOR:
http://www.soscidadania.org.br/
AESP - Ação Esperança

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eventos


07/08/2011 até 10/08/2011

Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

De 07 a 10 de agosto acontecerá no campus de Ondina da Universidade Federal Bahia (UFBA) o XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, com o tema: "Diversidades e (Des)Igualdades".

Durante o evento, especialistas em Ciências Sociais e Humanidades de diversos países – especialmente Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal e Brasil – estarão reunidos para debater a diversidade e complexidade de suas sociedades, privilegiando um enfoque comparativo e confronto de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas.

A comissão organizadora desta edição do congresso é composta por pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, e coordenada pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da UFBA.

XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

Quando: 07 a 10 de agosto de 2011.

Onde: Campus de Ondina – UFBA.

Quanto: R$ 40,00 a R$ 120,00, a depender da modalidade, até o dia 15 de fevereiro. Após esta data, os valores serão reajustados.

Inscrições e mais informações: http://www.conlab.ufba.br/

Tel (0xx71) 3322-6742 / Fax (0xx71) 3322-8070 - E-mail: ceao@ufba.br - Site: www.ceao.ufba.br



terça-feira, 17 de maio de 2011

Conselhos Tutelares na praça por melhores condições de trabalho

O Dia 18 de maio é marcado pelos eventos relacionados ao combate a violência sexual e a exploração sexual comercial contra crianças e adolescentes em todo o Brasil. No entanto, no Distrito Federal, também será o dia de mobilização dos Conselhos Tutelares por melhores condições de atendimento e valorização dos/as Conselheiros/as.

O Conselho Tutelar criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representa a principal porta de entrada e de proteção dos direitos violados do público infanto-juvenil. Além disso, está diretamente vinculado as comunidades que elegem seus/suas Conselheiros/as para que seja o/a articulador/a de toda a rede de proteção.

Ocorre que, este órgão nunca foi tratado pelos governos do Distrito Federal com a importância que se manifesta pelas demandas com que trabalha. A pesar da euforia da criação dos 33 Conselhos Tutelares, em 2009, após intensa mobilização popular e conquistas políticas e jurídicas, o orçamento destinado segue uma tradição de execução pífia e a falta de estrutura impede um trabalho efetivo e digno.

O atual governador, quando candidato, assinou um termo de compromisso relacionado às crianças e adolescentes com vinte itens, sendo oito referentes aos Conselhos Tutelares: criação da Secretaria de Estado da Criança e do Adolescente, órgão ao qual o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal - CDCA/DF - e os Conselhos Tutelares serão vinculados administrativamente; disponibilização de espaço e estrutura física necessária e adequada, bem como quadro de recursos humanos suficientes e qualificado, para perfeito funcionamento do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente - CDCA/DF - e dos Conselhos Tutelares; alocação de recursos orçamentários e financeiros no PPA, na LDO e no PLOA, para a criança e o adolescente, conforme necessidades identificadas e recomendadas pelo CDCA/DF, vedado seu contingenciamento; criação dos cargos de "conselheiros tutelares", no âmbito da estrutura do GDF, com a devida previsão de recursos orçamentários; disponibilização de recursos, de toda ordem, para realização de eleições para os cargos de Conselheiros Tutelares; aprimoramento e informatização dos mecanismos e processos utilizados no âmbito do Sistema de Garantia de Direitos a fim de agilizar nos encaminhamentos necessários, tais como: SIPIA/SINASE, SIPIA/Conselho Tutelar, SIABRIGOS e outros sistemas de acompanhamento existentes; realização de concursos públicos para provimento de forma qualificada dos cargos necessários ao bom e perfeito funcionamento dos órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos, no que for de sua competência; promoção de formação continuada para atuação qualificada e aperfeiçoamento de todos os agentes públicos que atuam direta ou indiretamente na garantia de direitos da criança e do adolescente, em especial para, Policiais Militares, Conselheiros de Direitos, Conselheiros Tutelares, Agentes e Técnicos de Reintegração Social e educadores de ruas.

Apesar da criação da Secretaria de Estado da Criança, pouco avanço se verifica, nenhum dos outros compromissos foi cumprido e não se percebe garantia de diálogo para torná-los realidade.

Os Conselhos Tutelares realizarão seus diários atendimentos na Praça do Buriti em frente ao Palácio de Governo. Pois, nas atuais condições, trabalhar nas sedes ou na praça, não há diferença.

A mobilização inicia 9h, na Praça do Buriti, com a colocação de 33 mesas e com as faixas, além do protocolo do documento contendo as reivindicações. Na parte da tarde, os/as Conselheiros/as se dirigirão para a Câmara Legislativa Distrital e para as atividades do Dia 18 de maio na Esplanada dos Ministérios.



Contatos: Rafael (9291-9019), Selma (9283-7512 e 8487-2083) e Milton (8525-7269)


Saudações,

Associação d@s Conselheir@s Tutelares - ACT/DF

Contatos:

Rafael (Comissão Eleitoral): (61) 9291-9019 e 3905-1341;

Milton (Comissão Eleitoral): (61) 8525-7269;

Selma: (61) 3905-1359.

htto://actdf.blogspot.com

REUNIÃO DA REDE SOCIAL DE CEILÂNDIA

Prezad@s,
A próxima reunião da Rede Social de Ceilândia acontecerá na última quinta-feira do mês (como sempre!): dia 26 de maio, às 9 horas, no CREAS - Centro de Referência de Assistência Social - Ceilândia Norte.

Participe e convide mais pessoas interessadas nos direitos da população de Ceilândia!

Data: 26 de maio de 2011.

Horário: 09 às 12 horas

Pauta: Planejamento de ações para 2011 e Apresentação das Ações da Secretaria de Estado da Mulher

Local: CREAS - Ceilândia Norte

Endereço: QNM 16, Área Especial, Ceilândia Norte (na rua do Na Hora).
Não esqueça que o lanche é coletivo! Contribua!

Abraços a tod@s!

CONVITE


O Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal – FDCA/DF convida a todos a participar da

Coletiva de Imprensa que acontecerá nessa terça-feira, dia 17 de maio de 2011, às 15h, na sede das Aldeias

Infantis SOS – situada na SGAN 914, Conj F – entrada ao lado da Escola Convivência/Arvense.

Como pauta um Protesto da Sociedade Civil do DF contra:

1. As promessas do novo governo, através da Secretaria da Criança, para resolver as deficiências estruturais

do CDCA-DF, mas que não se sustentavam para além de boas intenções, o que sinaliza o descaso continuado de

Governo;

2. Contra a ação autoritária, equivocada e desmobilizadora de alguns agentes do Governo, a exemplo do descaso

em relação às deliberações do CDCA em relação à desativação do CAJE, a recente exoneração das servidoras

supracitadas, a negação do diálogo, a campanha difamatória e conflituosa contra conselheiros representantes da

sociedade civil, que sobrepõe os interesses pessoais e políticos a prioridade absoluta a criança e ao adolescente;

3. Contra a aparente falta de firmeza do Governador, que apesar da palavra assegurada no Termo de Compromisso

assinado na frente dos eleitores que acreditaram em sua liderança e depositaram esperanças de que a criança e o

adolescente seriam de fato prioridade absoluta em sua gestão;

4. Por fim, protestamos e nos indignamos diante do ainda não cumprimento do item 4 do Termo de Compromisso

com a Prioridade Absoluta a Criança e ao Adolescente no âmbito do Distrito Federal:

“Disponibilização de espaço e estrutura física necessária e adequada, bem como um quadro de recursos humanos

suficientes e qualificado, para perfeito funcionamento do CDCA-DF e dos Conselhos Tutelares”.

Contamos com sua presença

Coordenação Colegiada do FDCA-DF

Joseane Barbosa 9985-5371 / Renata Flores 8401-2255 / Beto 8433-5433 / Sabino Manda 8145-3169

quarta-feira, 30 de março de 2011

Reunião da Rede Social de Ceilândia


Local: sede do Grupo Atitude, localizada na QNM 21, conjunto B, casa 20 Ceilândia Sul.
Data: 24/02/2011
Duração: 09-12 horas
Estiveram presentes 20 instituições/serviços/interessados, representados por 38 participantes.

Pontos discutidos na reunião
Inicialmente, Sérgio começou a reunião com a apresentação do Grupo Atitude, organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada em 1998 por jovens de Ceilândia, realizando atividades artísticas para capacitação e formação com base na arte e na transformação social. As atividades do grupo são: a biblioteca, a rádio web, o hip-hop, o estúdio e o projeto do contador de histórias. Relatou a experiência do jovem de Ceilândia que hoje é DJ da boate Pixy e etc. O grupo tem capacidade para atender 100 jovens por período, mas passam pelo programa 300 adolescentes mensalmente. Sérgio ressaltou que o adolescente que não está na escola também é aceito no programa, pois a proposta é que, se ele ainda não está na escola, esse adolescente é o que mais precisa de apoio nesse momento. Geralmente, os adolescentes são encaminhados pelo CRAS, CREAS e COSE e para participar dos cursos devem ter entre 16 e 24 anos.

Após a apresentação do Grupo Atitude, as pessoas que estavam pela primeira vez na reunião da Rede Social se apresentaram, assim como apresentaram a instituição e serviços a que estão vinculadas. Ludmila, assistente social do Programa Justiça Comunitária, explicou como é o funcionamento das reuniões da Rede e, em seguida, Leonardo, assistente social do CAPS, ponderou a importância de uma maior adesão de pessoas participantes nesta reunião e atribuiu o fato devido à centralidade do local da reunião, a Ceilândia Sul. Foi destacado que mesmo quando as reuniões não forem em locais tão centrais, que a presença de todos é muito importante.

Em seguida, Leonardo leu a ata da reunião anterior. Ludmila retomou o assunto da reunião com o novo administrador de Ceilândia que ainda não foi marcada. Roberto da ASPCEL expôs que entregou o ofício na Administração constando o termo de Compromisso construído pela Rede e a solicitação de agendamento da reunião. O Senhor Evaldo, representante da Administração, disse que o momento é de reestruturação dos serviços da Administração e que não é descaso a falta de retorno da Administração e ressaltou que está escasso o número de pessoas para trabalhar. Roberto ficou de passar o número do protocolo do ofício para Evaldo agendar a reunião com o Administrador.

Encaminhamento: esperar a reunião com o Administrador. Na reunião anterior da Rede, 7 instituições confirmaram presença. Além destas, se inscreveram: HRC, MPU, CEAV e Conselho Tutelar.
Pauta da reunião: ações para 2011, discussão do documento referencial e mobilizações da Rede.

Ludmila esclareceu às pessoas da Rede, em relação às dúvidas apresentadas na reunião anterior sobre as Vilas Olímpicas: conversou com o Senhor Marco Aurélio, servidor do GDF responsável por esse serviço (só poderá participar da próxima reunião da Rede). Ele informou que três organizações sociais são responsáveis hoje pelas Vilas Olímpicas do DF, mas que em trinta dias, o GDF passará a responsabilidade para a Secretaria de Esporte, conforme a Lei 4081. Assim, em Ceilândia, a CEPEF deixará de ser a responsável pela Vila Olímpica da cidade.

Em seguida, retomou a importância de focar nas propostas e prioridades do Documento da Rede Social de Ceilândia, elaborado no Seminário da Rede Social em novembro de 2009. Senhora Leide, do CRAS Ceilândia Norte, relatou que a questão das creches está em momento de definição. O Conselho Tutelar está requisitando o serviço para atendimento de 3500 crianças que aguardam creche com idade entre zero e 4 anos. Até o mês de abril serão definidos os espaços para creche em Ceilândia. Ressaltou também a importância de realizar um levantamento de espaços junto ao CRAS. O Senhor Evaldo prosseguiu expondo que o governo sempre “escamoteou” essa questão e que havia demanda reprimida de dez mil crianças no DF. Afirmou que há oito anos existe a discussão de que a responsabilidade por creche deve ser da política de educação e sempre acaba ficando sob a responsabilidade da política de assistência social. Elucidou a importância do movimento e seu fortalecimento, que deve ser articulado entre MP, VIJ, CECRIA e GDF.

Paloma (Liberdade Assistida) retomou lendo as propostas do documento da Rede Social. O Senhor Edilson Barbosa relatou que o governador Agnelo construirá três creches na Ceilândia e a Diretoria Regional de Ensino está sugerindo que sejam construídas na Expansão do Setor O, Sol Nascente e QNQ. A Rede deve sugerir locais também. Propôs a volta da colônia de férias para tirar os jovens das ruas nas férias escolares, erradicar o analfabetismo em Ceilândia, solicitar a rearticulação dos Conselhos de Políticas Públicas em Ceilândia, reorganizar os “próprios” da Administração Regional para as entidades sérias da cidade e finalizou solicitando a participação na Campanha de doação de material escolar para os estudantes de Nova Friburgo/RJ - números: 0800614553 ou (61) 32178585 para recolhimento de donativos. A Senhora Socorro, assistente social do HRC, mostrou sua preocupação com os usuários de crack, álcool e outras drogas pela falta da continuidade do tratamento em comunidades terapêuticas para pessoas em situação de rua. A Senhora Maristela, representante da Casa de Justiça e Cidadania e conselheira tutelar, informou que o espaço da Casa poderá ser retirado para outro órgão e que está disposta a “brigar” com o governo para não acabar com o trabalho desenvolvido no local. Em relação à demanda por creches, falou da importância de convidar os estudantes de pedagogia do IESB para participarem do movimento. A Senhora Suely, agente comunitária de Justiça e Cidadania reivindicou a importância de não se focar apenas na questão das creches, mas da saúde também. Justificou a necessidade de construção de hospitais e maternidades infantis em Ceilândia para um atendimento melhor e a dificuldade de equipamentos no HRC, bem como a falta de médicos no hospital. Leonardo reafirmou a fala de que a Rede não pode se basear apenas nas demandas por creches, pois existem outras prioridades. Sebastião, agente comunitário, aproveitou para informar que possivelmente ocorrerá em Ceilândia uma plenária para discutir a questão da saúde e que esta será aberta à população. Socorro, do setor de Medidas Alternativas do MPDFT, expôs que cresce o número de mães reivindicando lugares para tratamento de dependência química para seus filhos. Socorro, do HRC, informou que há no hospital um programa PAVI que faz terapia com crianças. Sérgio lembrou que no dia 27 de março é o aniversário da Ceilândia e propôs que a Rede faça uma ação nesta data. Edson Barbosa, gerente da Agência do Trabalhador do P. Sul, informou à Rede que há vagas no setor e a dificuldade é que as pessoas não fazem o cadastro no sistema. Colocou-se à disposição no contato: 33774790 ou 33474103. Edilson Barbosa propôs que se faça um Ato com um bolo de quarenta metros em homenagem aos 40 anos do aniversário de Ceilândia no centro da cidade em atenção à questão das creches e as mães seriam convidadas a participar deste ato. Adriana, do CRAS, propôs um abaixo assinado para solicitar um local mais adequado para as creches em Ceilândia Norte, como forma de incentivar a participação da população nas subcomissões. Kelly, pedadoga, disse que decepcionou-se com o Panelaço pela Saúde Mental, ocorrido em março de 2010, pois as pessoas da Rede se mobilizaram e na hora a maioria não participou do movimento, que contou com poucas pessoas e entidades. Edilson Barbosa falou que se houver uma pessoa em uma manifestação, já é simbólico. Neste momento, o coletivo decidiu que é mais estratégico planejarmos um evento com antecedência para que muitas instituições participem e nossas demandas tenham visibilidade no DF.

Informe: Beto informou o acontecimento do Seminário de Arte e Cultura de Ceilândia nos dias 25 e 26 de fevereiro no Centro Cultural e Desportivo de Ceilândia.

Encaminhamento: foram formadas quatro subcomissões: Assistência Social e Trabalho; Saúde; Violência e Criminalidade; e Educação Cultura e Esporte. Cada uma deverá marcar uma data para se reunir e trazer contribuições e propostas para a próxima reunião da Rede para que sejam definidas as prioridades para 2011.

Próxima reunião da Rede Social: ocorrerá no dia 31 de março, às 9 horas, na casa paroquial da Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção. A casa fica no endereço: QNP 32, conjunto H, casa 49, P. Sul (referência: Avenida P4, próxima à Madeireira Melo e ao Supermercado Coisas da Roça). Para maiores detalhes, o telefone de contato do padre Moacir é 33778296.

terça-feira, 29 de março de 2011

3 coisas ÚTEIS escondidas em seu celular.

CONHEÇA AS TRÊS UTILIDADES QUE ESTÃO ESCONDIDAS EM SEU CELULAR:

03 coisas que você nunca soube sobre seu celular.
Será útil manter essas informações com você.
Existem algumas coisas que podem ser feitas em caso de emergência.
Seu celular é uma ferramenta que pode salvar sua vida.
Veja o que ele pode fazer por você:

Emergência I:
O número universal de emergência para celular é 112

Se você estiver fora da área de cobertura de sua operadora e tiver alguma emergência, disque 112 e o celular irá procurar conexão com qualquer operadora possível para enviar o número de emergência para você, e o mais interessante é que o número 112 pode ser digitado mesmo se o teclado estiver travado. Experimente!

Emergência II: *3370#

Vamos imaginar que a bateria do seu celular esteja fraca. Para ativar, pressione as teclas: *3370#
Seu celular irá acionar a reserva e você terá de volta 50% de sua bateria. Essa reserva será recarregada na próxima vez que você carregar a bateria.

Emergência III: *#06#

Para conhecer o número de série do seu celular, pressione os seguintes dígitos: *#06#
Um código de 15 dígitos aparecerá é o IMEI. Este número é único. Anote e guarde em algum lugar seguro. Se seu celular for roubado, ligue para sua operadora e dê esse código. Assim eles conseguirão bloquear seu celular e o ladrão não conseguirá usá-lo de forma alguma. Talvez você fique sem o seu celular, mas pelo menos saberá que ninguém mais poderá usá-lo... Se todos fizerem isso, não haverá mais roubos de celular.

Deus


Quando o sonho se desfaz, Deus reconstrói.
Quando se acabam as forças, Deus renova.
Quando é inevitável conter as lágrimas, Deus dá alegria.
Quando não há mais amor, Deus faz nascer.
Quando a maldição é certa, Deus transforma em benção.
Quando parece ser o final, Deus dá novo começo.
Quando a aflição quer persistir, Deus nos envolve em paz.
Quando a doença assola, Deus é quem cura.
Quando o impossível se levanta, Deus o torna possível.
Quando faltam as palavras, Deus sabe o que queremos dizer.
Quando tudo parece se fechar, Deus abre uma porta.
Quando você diz: não vou conseguir, Deus diz: Não temas, pois estou contigo.
Quando o coração é machucado por alguém, Deus é quem derrama o bálsamo curador.
Quando não há possibilidade, Deus faz milagre.
Quando só há morte, Deus nos faz persistir.
Quando a noite parece não ter fim, Deus faz nascer o amanhecer.
Quando caímos num profundo abismo, Deus estende sua mão e nos tira de lá.
Quando tudo é dor, Deus  dá o refrigério.
Quando o calor da provação é grande, Deus dá a sombra de sua presença.
Quando o inverno parece infinito, Deus traz o verão.
Quando não existe mais fé, Deus diz: Acredite!
Quando estamos a um passo do inferno, Deus dá a direção do céu.
Quando não temos nada, Deus nos dá tudo.
Quando alguém diz não somos nada, Deus nos diz que somos mais do que vencedores.
Quando se torna difícil caminhar, Deus nos carrega no colo.!!!


domingo, 27 de março de 2011

O 13º Salário NUNCA Existiu...


Não tinha pensado nesta! Brilhante, de fato!

Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!

Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!

Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.

Lembrando que o 13º no Brasil foi uma inovação de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres” e que nenhum governo depois do dele mexeu nisso, nem mesmo o “governo dos trabalhadores”, fala-se agora que o governo do PT pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º salário.Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.

Perguntarão porquê.

Respondo: Porque o 13º salário não existe.

O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se intitulem “capitalistas” ou “socialistas”, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.

Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.

R$ 700 X 12 = R$ 8.400,00

Em Dezembro, o generoso governo manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário.

R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00



R$ 8.400,00 (Salário anual) + R$ 700,00 (13º salário) = R$ 9.100 (Salário anual mais o 13º salário)

O trabalhador vai para casa todo feliz com o “governo dos trabalhadores” que mandou o patrão pagar o 13º.

Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer uma simples contas que aprendeu no Ensino Fundamental:

Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.

R$ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = R$ 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.

R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100.00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário

Surpresa, surpresa? Onde está, portanto, o 13º Salário?

A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse fato simples.

A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes: não existe nenhum 13º salário. O governo apenas devolve e manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional. 13 NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO. É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!

TRABALHE PELA CIDADANIA!

CIRCULE ISSO!



domingo, 6 de março de 2011

Justiça suspende licença parcial da Usina de Belo Monte na Amazônia - 25/02/2011 - 20h56



Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- Um juiz do Tribunal Federal do Pará ordenou nesta sexta-feira a suspensão imediata da licença que autorizava o início das obras da gigantesca central hidroelétrica de Belo Monte na floresta amazônica.
A construção da represa, que será a terceira maior do mundo com uma capacidade máxima de 11.233 megawatts, gerou diversas críticas de ecologistas, camponeses e indígenas, que temem pela degradação do rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.
A sentença também proíbe a transferência de fundos às construtoras por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fornecerá 80% dos recursos, informou o Tribunal em comunicado.
O juiz Ronald Desterro argumentou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) concedeu licença prévia para a montagem do canteiro de obras no dia 26 de janeiro sem que se tivessem cumprido 29 condições e sem que as construtoras tivessem fornecido informação sobre outras 33 questões às que teriam que ter respondido.
Entre as condições prévias que não se tinham atendido se encontram as medidas para garantir a navegabilidade dos rios da região, os programas de apoio para as povoações indígenas afetadas e os planos para a recuperação das zonas degradadas.
"Em todos os períodos da concessão de licenças o Governo está faltando o respeito à Constituição e às leis ambientais, com a ajuda do Ibama, que se transformou em um órgão técnico que cede às pressões políticas", denunciou o procurador Felício Pontes.
A procuradoria denunciou que não só se descumpriram as regras para a concessão da licença ambiental, mas se manipularam os números apresentados no estudo do projeto, que segundo sua opinião é inviável.
A Eletrobrás, uma das construtoras que levantará o projeto, calcula que deverá deixar passar um volume de água de 4 mil metros cúbicos por segundo para evitar grandes danos ao meio ambiente, a metade do que o Ibama propõe.
Mas segundo os peritos da procuradoria, o afluente do rio Xingu não é suficiente para alcançar o volume mínimo de água que necessitaria Belo Monte para produzir energia e conseguir esse excedente.
O projeto de Belo Monte foi criado em 1979 e foi recuperado pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que o licitou em abril do ano passado.
Além de seu possível ameaça ao meio ambiente, exigirá inundar uma área de 506 quilômetros quadrados na floresta e deslocar cerca de 50 mil indígenas e agricultores.


Jardel Santana
Psicólogo em Formação

Universidade Católica de Brasília - UCB
Centro Acadêmico de Psicologia - CAPSI/UCB
Fones: (61) 8137-4982 ou (61) 8413-5005
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Blog: http://jardelsantana.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Parada Gay de Jesus: como eu vos amei

Por Daniel Sottomaior 28/2/2011 - 16:59

Em 2008, a iniciativa Brasil para Todos, que luta pela remoção de símbolos religiosos de repartições públicas, aliou-se à APOGLBT na promoção do tema daquele ano, que incluía o slogan "por um Estado laico de fato". Desde então, venho acompanhando outras iniciativas da comunidade LGBT, cujas organizações têm se firmado entre as vozes mais ativas na promoção da laicidade do Estado no cenário nacional.
Por isso causou estranheza o tema da Parada deste ano, que pede o fim da homofobia com a frase "amai-vos uns aos outros". Em artigo àCapa, Dario Neto aponta muito corretamente que essa escolha não viola a laicidade do Estado (pelo simples fato de que a APOGLBT não faz parte do Estado), e que a mensagem da Parada não é exclusivamente cristã. Quem afirmou em contrário equivocou-se. Mas entendo que há outras críticas importantes ao tema da Parada.

Para começar: alguém acha realmente que amor é coisa passível de recomendação? Por mais bem intencionado que seja o conselho, em alguma época ou lugar ele surtiu algum efeito? Ainda que a resposta fosse afirmativa, vamos agora legislar sobre os sentimentos? "Amai-vos uns aos outros" talvez faça efeito entre anjos e outros seres diáfanos e celestiais, mas aqui entre os mortais, parece apenas mostrar desconhecimento da natureza humana. Amar dezenas de pessoas já parece uma tarefa além das possibilidades humanas; amar milhões de desconhecidos é uma ideia de conto de fadas que não deveria ter lugar no chamado de uma importante organização social.

Amar a todos pode até ser um ideal cristão ou religioso, mas não é um ideal republicano. Esse é talvez o cerne da confusão da Parada. Buscar amor é um objetivo não apenas inalcançável, mas que nada tem a ver com o papel da APOGLBT, ou de qualquer outro grupo de defesa de direitos humanos. Essas instituições existem para exigir o reconhecimento de direitos e o cumprimento de deveres. O tratamento legal, respeitoso e digno, este sim é uma meta possível, ao alcance do Estado e das demais instituições sociais. É nele que devemos nos concentrar. A comunidade LGBT não precisa da acusação extra de exigir até o amor dos seus detratores.

Quanto à questão histórica, é verdade que o slogan da Parada não é criação nem propriedade exclusiva do cristianismo, mas análises da história comparada das religiões, por mais elogios que possam merecer, são absolutamente irrelevantes. A Parada é um evento de visibilidade mundial que, como tantas outras ações do terceiro setor, tem um notório papel de "relações públicas" do movimento LGBT. Quando o público recebe a frase "amai-vos uns aos outros", não há dúvida que essa mensagem tem o nome, endereço, gosto e sabor de cristianismo.

É preciso lembrar que, quando se trata de comunicação, percepção é realidade. Se uma fração apreciável da sociedade percebe o slogan como tendo identidade cristã, então, com ou sem a aprovação de historiadores, sociólogos, antropólogos e bem-letrados, e independentemente das melhores intenções dos organizadores da Parada, é a identidade cristã que se estará promovendo.

A cruz, por exemplo é um símbolo presente em muitas tradições e possui diversos significados, mas aqui no ocidente a visão desse símbolo evoca o cristianismo de maneira automática em praticamente todas as pessoas. Poucos terão o conhecimento ou o descondicionamento para associá-la a qualquer outra coisa.

Da mesma maneira, se pedirmos para algumas dezenas de pessoas completarem a frase "amai-vos uns aos outros", alguém tem dúvidas de que a grande maioria prosseguirá com "assim como eu vos amei", remetendo diretamente ao núcleo da doutrina cristã em uma frase atribuída ao seu principal personagem? Em suma, a correta análise da criação e uso de frases e símbolos em nada altera sua mensagem predominante. E no caso da frase escolhida pela Parada, esse predomínio é esmagador no sentido de remeter a um conteúdo eminentemente religioso.

Ainda que "amai-vos uns aos outros" fosse um princípio religioso universal (o que não é; Neto aponta exemplos em outras religiões do "tratai aos outros como deseja ser tratado", o que é muito diferente do amor universal recíproco), de que maneira isso contemplaria as pessoas que não seguem tradições religiosas? Aqui não posso deixar de fazer uma crítica forte à posição do diácono. Seu texto se intitula "Amor ao próximo: princípio cristão ou humano?", deixando entrever que seu universo de humanos se restringe às pessoas com religião, já que ele iguala a alegada universalidade religiosa do "amai-vos uns aos outros" à universalidade humana.

Caro diácono: as pessoas sem religião também existem, e, pasme, também são humanas! Ainda que se conseguisse provar que uma ideia está presente em todas as tradições religiosas, o que está longe de ser feito, isso nada nos diria sobre a totalidade dos seres humanos. Lamentavelmente, assim como acontece com os homossexuais, as pessoas sem religião e em particular os ateus também são vítimas invisibilidade e até da atitude de negação de nossa existência por parte dos religiosos, apesar de representarmos cerca de 10% da população mundial, e 8% no Brasil. E isso nos leva a outra crítica importante à frase escolhida para a Parada deste ano.

Concordo que existe um certo "sabor de vitória" em tentar vencer nossos detratores com as mesmas armas que usam para nos atacar - o que parece uma leitura inevitável do slogan da Parada. Se usam a religião e o cristianismo para justificar a homofobia, a lógica é usar a religião e o cristianismo para atacar a homofobia. Querendo ou não, o que o slogan faz é apontar o que seria uma contradição no comportamento homofóbico de raiz religiosa. No plano do debate puro, isso funciona com perfeição. No mundo real, só complica as coisas.

Que fique bem claro: não tenho absolutamente nada contra fazer críticas bem informadas à religião. As ideias religiosas influem em nosso trabalho, nosso lazer, nossos relacionamentos amorosos, nossos ideais, em como gastamos nosso dinheiro, como vemos o universo. Se existem problemas com a religião, eles devem ser denunciados sem meias-palavras.

Mas é fato notório que os fieis, assim como os apaixonados, são quase sempre imunes à razão. Por isso, quando se trata de religião, mesmo os melhores argumentos não convencerão ninguém a mudar suas interpretações teológicas, assim como não convencerão ninguém a se apaixonar ou se desapaixonar.

Como em todo bom jogo de xadrez, é preciso prever o próximo movimento do adversário. Quando uma entidade LGBT faz uma crítica religiosa, o que acontecerá é que os religiosos homofóbicos, mui felizes e contentes, correrão para suas bíblias para dizer por que o argumento do "amai-vos uns aos outros" não se aplica ao caso - por exemplo, lançando o velho golpe do "mas nós amamos os pecadores, só detestamos o pecado". E assim, em uma única linha, o preconceituoso não apenas se justifica como consegue a suprema vitória de arrastar uma associação civil e supostamente neutra em termos religiosos para as turvas águas da teologia e da exegese bíblica. A derrota é dupla.

O lema deste ano da Parada realmente não viola o Estado laico, mas fere o pressuposto de que as políticas públicas de Estados laicos devem se basear e princípios racionais abertos ao exame público e ao debate. Quando surge o debate do papel da comunidade LGBT na sociedade, queremos instar os cidadãos a buscar a Constituição e a Declaração Universal dos Direitos do Homem para sustentar seus argumentos, não a abrirem suas bíblias em busca dos versículos mais apropriados!

A questão de fundo que a APOGLBT e outras associações precisam trazer à sociedade é que argumentos religiosos, sejam bons, maus ou péssimos, não podem jamais servir de base para orientar a sociedade inteira pela mão forçosa do Estado. Ainda que se conseguisse fechar questão em uma agenda de princípios religiosos "positivos", coincidentes com os direitos e a dignidade de todos os humanos (até os ateus), isso validaria os demais princípios religiosos por tabela, e uma rápida olhada na história, na teoria e na prática da fé deixa claro que o já foi (e é feito) em nome de princípios religiosos. Sairíamos da panela para cair no fogo.

* Daniel Sottomaior é engenheiro, criador da iniciativa Brasil para Todos (www.brasilparatodos.org) e presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (www.atea.org.br).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

REUNIÃO DA REDE SOCIAL DE CEILÂNDIA DATA: 24 de fevereiro de 2011

Prezad@s,
A próxima reunião da Rede Social de Ceilândia acontecerá, como combinado, na última quinta-feira do mês: dia 24 de fevereiro, às 9 horas, na sede do Grupo Atitude.

Participe e convide mais pessoas interessadas nos direitos da população de Ceilândia!

REUNIÃO DA REDE SOCIAL DE CEILÂNDIADATA: 24 de fevereiro de 2011. Horário: 09 às 12 horasPauta: Planejamento de ações para 2011.Local: Grupo Atitude

Endereço: QNM 21, conjunto B, casa 20, Ceilândia Sul (referência: próxima ao C.E.M. 03 e da Administração da Ceilândia).

Contato: Sérgio de Cássio - 33728077.

Segue convite formal em anexo para os empregadores, conforme solicitado em reunião anterior.
Não esqueça que o lanche é coletivo! Contribua!

Abraços a tod@s!

REDE SOCIAL DE CEILÂNDIA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CONVITE

CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA DE VICENTE PIRES
Prezados,


O CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA DE VICENTE – PIRES, no uso de suas atribuições convida os representantes da SUPROC, PMDF, CBMDF, DETRAN, PCDF, ADM. REGIONAL e Moradores de Vicente Pires a participar da 16ª Reunião Ordinária de CONSEG-RAXXX. Venha e traga sua contribuição para conjuntamente propor e defender ações que vise minimizar os problemas de nossa comunidade.

Local: Vila São José - Vicente Pires
Endereço: Rua 11 área especial 01 Escola Classe 02 ( acesso pelo pistão norte rua 10)
Data: 21/02/2011

Horário: 20hs

Compareça!

O CONSEG conta com você e nossa Cidade agradece o seu empenho pela causa pública.
Atenciosamente.
Valdenis de Deus Alves

Diretora Comunitária do CONSEG-VP

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nota oficial da Comissão de Direitos Humanos e Minorias


www.camara.gov.br/cdh
Em apoio aos defensores dos direitos humanos no Maranhão

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) manifesta seu apoio ao ingresso no Programa Nacional de Proteção de Defensores dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (PPDDH/SDH/PR) de militantes ligados ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia(MA), diante das graves ameaças de morte que enfrentam no presente momento.
Açailândia, município situado no Sul do Maranhão, está no epicentro de uma região em que o uso da mão de obra escrava, os crimes contra a vida e a impunidade de pistoleiros, "gatos" que arregimentam lavradores, grileiros e fazendeiros envolvidos com atos criminosos é uma realidade que perdura face à inércia do poder público.

Um caso emblemático de impunidade na região tornou-se conhecido nacionalmente no último domingo (30/01/11), quando o programa “Fantástico”, da Rede Globo, em reportagem sobre a precariedade de delegacias no País, mostrou o fazendeiro Adelson Veras de Araújo, com prisão preventiva decretada desde abril de 2009 pela morte de dois trabalhadores que lhe cobraram uma dívida por serviços não pagos. Foram exibidas imagens Araújo – que também atuou como “gato” – solto e frequentando bares de Açailândia, sendo afinal detido e transferido para São Luís.

Com a prisão de Araújo foram localizados os restos mortais dos dois trabalhadores assassinados, numa cova rasa próxima à fazenda do acusado, instalada ilegalmente dentro da Reserva Biológica do Gurupi.

Esta Comissão, ao lado da Frente Parlamentar Contra o Trabalho Escravo e de outras instituições públicas e entidades da sociedade civil, redobrará esforços no acompanhamento dos processos judiciais sobre os conflitos agrários no Maranhão, bem como das ameaças aos defensores de direitos humanos naquele estado.

No dia 10 de fevereiro, em São Luís, a CDHM se somará às atividades do PPDDH/SDH/PR, nas audiências com autoridades públicas e sociedade civil em busca de providências concretas para inibir o trabalho escravo, a grilagem e as ameaças a defensores de direitos humanos.

Acionaremos, também, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no sentido de que este possa contribuir na estruturação do Judiciário do Maranhão, para que o mesmo ofereça melhores serviços à população. Também notificaremos o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), responsável pela unidade de preservação ambiental Gurupi, ilegalmente ocupada por vários fazendeiros acusados de exploração do trabalho escravo, para que tome as providências necessárias para cumprir o seu dever em relação a esta reserva.

A erradicação do trabalho escravo ou análogo à escravidão é uma tarefa política urgente e imperiosa para o poder público e para o conjunto da sociedade brasileira.

Brasília(DF), 02 de fevereiro de 2011.

Deputada Janete Rocha Pietá

Presidenta da CDHM
Domingos Dutra

Vice-Presidente da CDHM

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Soraya Escorel - A droga é uma bomba-relógio

Por: Marcone Formiga Há poucos dias, o país inteiro e até muitas nações acionaram o painel de alarme depois que foram exibidas imagens de traficantes de drogas, no interior da Paraíba, incentivando um garoto de dois anos e meio de idade a consumir um cigarro de maconha. No vídeo, a plateia formada pelos criminosos se divertia e exultava com aquele circo de horror ao qual submetiam a criança. O fato reflete e traduz a crise social que se forma em todo o Brasil, a partir da constatação de que a iniciação dos jovens no mundo das drogas ocorre em todos os níveis sociais e de forma cada vez mais precoce, já no próprio ambiente das primeiras séries escolares.
Soraya Escorel, Promotora de Justiça da Infância e Juventude de João Pessoa (PB), foi quem agiu rapidamente no caso da criança. Mestranda em Ciências Sociais pela UFPB, com estudos e pesquisas sobre a violência nas escolas, ela integra a Diretoria Executiva Nacional da ABMP - Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude. Especialista quando o tema envolve crianças, adolescentes e consumo de drogas, ela também é membro da Comissão Permanente de Infância, Juventude e Educação (Copeije), do Grupo Nacional de Direitos Humanos.
Na entrevista que segue, Soraya Escorel alerta para a gravidade do tema, ressaltando que o poder público, a família, a escola, a Igreja e a sociedade civil precisam agir o quanto antes em conjunto e investir num trabalho preventivo diante do problema devastador que são as drogas, que afeta todo o núcleo familiar. Ela explica que está prevalecendo uma inversão de valores nos relacionamentos entre pais e filhos. Com base em sua experiência diária, ela constata que muitos pais preferem se omitir e abandonar seus filhos dependentes de drogas, quando, na realidade, poderiam ajudar na sua recuperação.
Também defende um envolvimento coletivo, a partir de pilares essenciais, como a família, a escola, a igreja e também profissionais das várias áreas do conhecimento, inclusive da Justiça.
A promotora afirmou que a droga é como uma bomba-relógio. E se for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque seu uso, por uma única vez, já vicia. Como se não bastasse este risco, já existe um novo tipo de droga, a crackoína, uma mistura de crack e cocaína, que tem um efeito devastador no organismo dos usuários.
- O consumo de drogas não tem fronteiras, porque até crianças são iniciadas no vício. A senhora mesma, nestes dias, constatou que um garoto de dois anos foi filmado fumando um cigarro de maconha. Como nossa sociedade chegou a ponto tão fundo neste problema?
- A princípio, eu fiquei bastante chocada ao ver o vídeo, porque todas as pessoas estavam em extasiados ao verem a criança usando um cigarro de maconha, o que provocou até risadas nas pessoas que viam a cena lamentável. Isso já me deixou bastante preocupada, mesmo sem saber quem eram aqueles que estavam no local no momento em que a criança estava fumando. Depois, com o conhecimento do fato, por intermédio da própria mãe da criança, o que mais me chamou a atenção foi a confissão espontânea dela, ao afirmar que estava morando na casa de um traficante que, inclusive, já foi assassinado. Confirmou, ainda, que a criança utlizou a droga no mês de abril,época em que foi gravado o vídeo.
- Mas uma mãe permitir isso é grave, não é?
- Sem dúvida! Mas ela, ao depor, creio que até por questão de defesa, dado que também precisa ser investigado, afirmou que só aconteceu porque ela estava sendo pressionada, ameaçada por esse traficante, talvez até para que pudesse utilizar esse vídeo futuramente. Ela salientou que pediu a ele para que aquilo não ocorresse, mas, de fato, ocorreu. E ela citava isso com muita segurança, apesar dos seus 19 anos de idade, porque compareceu espontaneamente à promotoria, para se entregar. Ou seja, ela estava se sentindo acuada, preocupada com toda essa repercussão na mídia nacional, então se sentiu ameaçada e, principalmente, sentia que o filho estava sendo ameaçado. Afirmou também que sabia o risco que corria, pois quem se envolve com o tráfico sabe que fica muito vulnerável.
- A senhora acreditou na mãe da criança?
- O que mais chamava a atenção também era a coerência do que ela dizia: que, realmente, a criança estava utilizando a droga, mas, ao mesmo tempo, ela confirmava que colocava o filho em risco. Aquilo me tocou bastante, não só no cunho profissional, mas também como mãe. Nós, que somos mães e profissionais, sabemos que não podemos colocar nossos filhos em risco.
- A impressão que se tem é que as crianças conseguem drogas mais facilmente do que um chocolate. É assim mesmo?
- Eu creio que essa inversão de valores entre pais e filhos, nos relacionamentos, está prevalecendo nos lares e na família. Às vezes, pais e mães são os únicos a cuidar do desenvolvimento dos seus filhos junto aos adultos e idosos, de forma bem precoce, justamente por conta dessa inversão, desse abandono que prevalece dentro da própria casa. As pessoas pensam que uma criança está abandonada quando fica apenas sozinha nas ruas. Mas, de fato, a gente que trabalha na Justiça constata que muitas crianças e adolescentes estão abandonados nas suas próprias casas. Por isso, eles terminam não sendo bem instruídos e passam a ser uma presa fácil no mundo das drogas. Isso acontece porque esse mundo é atrativo, uma vez que existe um espaço muito grande a ser ocupado em todas as áreas dos jovens. Essa lacuna, que é deixada pela família, é preenchida exatamente pelo mundo fácil, no acesso à droga, e depois o jovem se inicia no tráfico, conseguindo inclusive se infiltrar facilmente, diante de tantas oportunidades. É importante acrescentar que isso independe da classe social e pode ser iniciado desde a infância e se estender até a adolescência, mesmo dentro da própria casa, sem que os pais percebam ou mesmo que finjam ou se enganem, dizendo que não veem nada. Pois admitir isso é difícil, principalmente porque exige que se reconheça a própria culpa também no fenômeno que ocorre com o filho.
- Como saber se uma criança ou um adolescente está se drogando?
- Para nós, que somos da área jurídica, é mais difícil poder responder uma pergunta como essa. Mas o que os peritos comentam é que a criança manifesta alguns sinais. É possível perceber quando uma criança está fazendo uso da droga, porque dá indícios, que podem ser por cansaço ou estados de euforia, porque a pessoa fica muito ativa. A droga tanto pode dar o sinal de que uma pessoa está em profunda depressão como também em êxtase constante. A partir daí, começa a querer vender coisas dentro de casa, furtar joias e peças de decoração da casa para comprar droga. Outra manifestação é que os jovens não querem ir para a escola ou estão muito deprimidos. Além disso, dão pistas de que estão se envolvendo com pessoas que não são condizentes com a educação que recebem...
- O que a senhora sugere para uma situação como essa?
- É necessário estar presente na vida dos filhos. A partir do momento em que participamos do mundo deles, no dia-a-dia, conversando com eles, podemos perceber como eles estão, se precisam de ajuda e, de forma precoce, poderemos até afastar isso de suas vidas, se eles já se iniciaram no vício da droga. Existem meios de se prevenir, porque quem tem filhos não pode nunca julgar que isso não vai acontecer com eles. É preciso ler, se atualizar e estar sempre preparado para que não ocorram fatos como esses que a gente vê na imprensa. Mas, para isso, é necessário que pais, mães e escolas estejam bastante atentos.
- A escola não poderia funcionar como um suporte para evitar que isso continue ocorrendo, avançando cada vez mais?
- A escola é fundamental nesse papel de prevenção, porque é dentro da escola que os filhos passam a maior parte do tempo. Também é na escola onde eles convivem com outros colegas que podem estar envolvidos ou oferecendo algo que venha a causar uma dependência. Isso pode ser o crack, a maconha, a cocaína, dependendo do nível social daqueles que estão em escolas públicas ou privadas. O que mais pode colaborar é a escola, mas não sozinha, porque ela tem que estar dialogando com a família, que precisa estar mais presente também no âmbito escolar, não só para assistir às apresentações de seus filhos, mas também procurando saber como eles estão, como está o relacionamento deles com os colegas e os professores. É necessária uma intervenção da família, da escola e (até acrescento) também da igreja. Quando todos estão envolvidos, é mais fácil fazer um trabalho com resultado satisfatório.
- Por quê?
- Porque é necessário que haja esse envolvimento coletivo das instituições. A família, a escola, a igreja, os profissionais de várias áreas, a Justiça... A sociedade como um todo deve se envolver. Peritos da Justiça, em alguns encontros, inclusive recentemente nesse mesmo caso [da criança que fumava maconha], em contato com jovens, demonstravam a preocupação com a penetração das drogas dentro das escolas, mostrando como é tão fácil se viciar. Eles afirmam que é um mal que começa fácil e do qual é difícil sair. Eles se preocupam em realizar esse trabalho preventivo.
- O que eles dizem mais?
- Se a droga for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque ele tem um poder de vício muito maior, uma vez que é fumado. Aliás, existe agora até um novo tipo de droga, a crackoína, que é a mistura de crack e cocaína, o que a torna ainda mais perigosa. Muitas vezes, nós, como profissionais, não temos conhecimento, mas temos a obrigação de fazer parte desse processo de prevenção.
- Ver garotos mendigando e até dormindo ao relento, com sintomas de drogados, é uma cena cotidiana em qualquer cidade do país. Isso demonstra que a droga destrói mesmo um ser humano?
- Totalmente. E não só a vida do viciado, mas também de toda a família. Eu aconselho às pessoas envolvidas nessa realidade que não desistam dos seus filhos e parentes, porque eles são os primeiros a querer que os jovens saiam dessa vida. Eu afirmo isso para as mães, os pais e os parentes que procuram a Promotoria a fim de pedir ajuda, para que seus jovens possam se livrar desse vício, inclusive, às vezes, até chegando ao extremo desesperado de entregá-los nas mãos da Justiça, para que esta os livre desse mal, que é algo que não cabe a ela apenas resolver.
- Mas ocorre que os pais abandonam os filhos drogados.
- Se os pais e as mães desistirem de seus filhos, como nós, da Justiça, iremos fazer para ajudar? É uma questão de educação, que começa em casa e tem razões para chegar a acontecer. Ninguém se envolve com a droga, com algo prejudicial à saúde, se não tiver algum meio que o levou a procurar. Acho que é mais difícil uma pessoa se envolver com drogas se ela tiver um bom relacionamento dentro de casa, com sua família, dentro da escola, com seus amigos e professores, enfim, com a sociedade.
- Por que não cabe apenas à Justiça, doutora?
- Porque Justiça nenhuma vai poder dar de volta aos pais o filho do jeito que ele nasceu. Ninguém nasce com a droga. Nós, que somos referências, pais e mães, somos um modelo, representamos um exemplo importante dentro de casa. Se dermos bons exemplos e fizermos que nossos filhos participem até de questões que tenham um envolvimento social, podemos minimizar e até dificultar muito o acesso deles às drogas. Devemos fazê-los participar de momentos que permitam a eles se doar ao outro, para que eles possam ver como é difícil estar sozinho nas ruas, abandonado e sem família. Temos que demonstrar isso aos nossos filhos. Somos referências. Portanto, é preciso que busquemos enfatizar isso, porque não podemos mudar o mundo se não colaborarmos para que esse mundo se modifique.
- A senhora admite que isso pode tomar a dimensão de uma epidemia social?
- Creio que sim. Eu convivo todos os dias com pessoas que chegam desesperadas, mães chorando muito, com uma preocupação muito grande de fazer aquela pessoa se libertar das drogas. Creio que é uma epidemia, mas que tem muita relação com o modelo de família que se pratica hoje no Brasil inteiro. São pessoas totalmente descomprometidas, que abandonam seus filhos, não procuram dialogar, porque acham que se resolve alguma coisa com uma ação mais rápida, como, por exemplo, batendo e espancando. Elas pensam assim porque é mais fácil bater e espancar um filho para corrigi-lo do que parar e dialogar, o que requer um tempo e um espaço maior da sua vida. Essas pessoas têm que parar um pouco e pensar que “a vida não é só dinheiro, não é só trabalho, vou acompanhar a vida escolar do meu filho”. Acontece que algumas pessoas sequer param para conhecer os professores do filho, o diretor da escola, o amigo do filho.
- Como a senhora percebe essa epidemia social?
- Trata-se de uma questão que incomoda muito porque também existem poucas políticas públicas no sentido de dar encaminhamento a esses jovens, para que, quando adultos, tenham a oportunidade de se transformar fazendo um tratamento. Infelizmente, isso é, sim, uma epidemia, o que nos remete a uma questão de saúde pública. Deve haver uma preocupação maior do poder público para combater essa realidade, em suas três esferas: federal, estadual e municipal.
- O que se constata é que a droga está chegando a todos os segmentos sociais. Em alguns colégios, os próprios alunos traficam a droga para vender aos colegas. Isso aumenta ainda mais a gravidade dessa situação?
- Claro! Até porque a gente percebe o quanto essas crianças estão vulneráveis. Muitas vezes, esses jovens estão na escola com muita dificuldade, sem se alimentar bem, por falta de merenda ou porque os pais estão desempregados, com transporte difícil. Esses garotos ambicionam ascender a um nível social melhor, querem obter uma oportunidade de ter uma roupa melhor, um brinquedo, enfim, uma vida melhor. Crianças assim são presas fáceis para os traficantes, porque são seduzidas por um mundo de “maravilhas” que lhes é oferecido. É por isso que existem todos os “aviõezinhos”, ou seja, pequenos traficantes. Eles começam a achar que é fácil pegar a droga e repassar para os colegas ali dentro.
- Combater o tráfico é a saída. Por que o governo federal não entra nessa guerra?
- Estamos no tempo de uma luta desleal, com um tráfico totalmente articulado e o outro lado completamente desarticulado. Precisamos estar organizados para poder combater, enfrentar e fazer esse enfrentamento. A gente tem que seduzir os jovens com programas melhores e oferecer vantagens a eles, que estão nas escolas precisando de ajuda. Temos de oferecer a eles programas que venham a despertar seu interesse, para que eles não pensem em entrar nesse mundo e ficar. Mas como somos também bastante otimistas, percebemos que já existe uma preocupação nacional e também alguns programas que já oferecem não só tratamento, como também meios de se prevenir contra o uso da droga. Campanhas que existem naturalmente, por meio de instituições e ONGs que se preocupam com a temática. Percebemos que esses programas existem, mas que ainda não estão articulados. Não são ainda uniformes no Brasil inteiro. E é isso que eu acho que era preciso haver: uma união maior entre as instituições nos estados e as iniciativas da sociedade civil no Brasil inteiro.
- E quando os pais são viciados?
- A situação se torna ainda mais complicada, porque duas consequên-cias podem advir disso. Primeiro, os filhos podem se espelhar nos pais, tornando-se também viciados, a partir do modelo que têm em casa. Em segundo lugar, pode acontecer justamente o contrário: os filhos podem não admitir aquilo e podem tentar, eles mesmos, ajudar os pais, porque muitas vezes nós aprendemos com os filhos. Nós sabemos que existem casos em que pais são viciados, mas os filhos não desistem de seus genitores e tudo fazem para encontrar um tratamento, porque querem que seus pais se transformem. Eu acredito que as pessoas podem se transformar, sim, por amor. Por amor, famílias podem ser socorridas e curadas, ajudadas e transformadas. Mas desde que haja essa questão do compromisso e do amor.
- Outro ponto muito forte é que adolescentes passam a ser sexualmente reféns dos traficantes. Como a senhora vê isso?
- Quando isso acontece, a saída desses jovens desse mundo é dificultada. É por causa disso que existem casos e casos, inclusive aqui na Paraíba também, de adolescentes que terminam sendo eliminados, porque eles abriram a boca. Eles tentaram sair e não conseguiram. Aí, começam a ser ameaçados de morte e acabam sendo assassinados. Infelizmente, existem inúmeros casos como esse, mas felizmente já existe também um antídoto, que é o Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM).
- Como age esse programa?
- É uma iniciativa do governo federal que tem funcionado bem, dando suporte a diversos casos. Posso afirmar que esse programa tem feito a diferença, porque eu mesma já fiz encaminhamentos de jovens para o PPCAAM. Pena que muitas pessoas do Brasil inteiro desconhecem a existência desse programa, que eu posso afirmar que tem salvado muitas vidas, inclusive de adolescentes e familiares destes que foram ameaçados de morte. Hoje, essas pessoas podem contar uma história diferente, graças à intervenção no tempo certo.
- A senhora está pessimista ou otimista diante de toda essa situação?
- Na verdade, eu sou uma idealista, e todo idealista é otimista, porque acredita em transformações e mudanças. Creio nisso, que depende muito de nós, enquanto sociedade, prover as transformações que são necessárias. Depende de nós poder contaminar os outros com este vírus que é o compromisso. Devemos fazer mais do que é a nossa obrigação. Não apenas chegar ao final do mês e colocar nosso dinheiro no bolso e achar que está trabalhando. Conheço muitos colegas que, assim como eu, têm feito a diferença no Brasil inteiro, profissionais comprometidos com o seu trabalho e que não estão preocupados em apenas fazer um processo, estar de corpo presente nas audiências...
- Insistindo: a senhora está otimista ou pessimista?
- Otimista sim! Essa é apenas a obrigação, mas eu sou otimista por isso, porque sei que existem muitas pessoas que têm feito mais, e muito bem, muitas vezes de forma até anônima, contribuindo muito para que as transformações aconteçam na nossa triste realidade. Eu tenho a certeza de que, de mãos dadas, de forma articulada, podemos mudar isso. Meu otimismo é nesse sentido, é para que haja uma mobilização maior, nacionalmente. Não apenas em um estado ou em outro, mas de todo o país, para que as questões políticas sejam deixadas de lado, a fim de que possam se inteirar da responsabilidade e da prioridade que é garantir a existência de pessoas sadias vivendo na sociedade, não pessoas contaminadas e drogadas, como vemos hoje em dia.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

TEXTO PARA DIVULGAÇÃO: FERNANDO FREITAS - Presidente do Instituto de Cidadania Interagir

Sede: QNP 16 conjunto L lote 01 CEP: 72.231.612
Bairro: Setor P. Sul. Cidade de Ceilândia Distrito Federal

A campanha “Panetone da Alegria, Igualdade à mesa de Todos” é uma iniciativa do Instituto de Cidadania Interagir do P. Sul, uma organização não governamental sem fins lucrativos. A campanha tem como objetivo arrecadar 1000 panetones que serão entregues às famílias carentes de Ceilândia. Por isso, se você tiver condições de doar qualquer quantidade de panetones faça uma doação para o Instituto. Para doar você pode ir pessoalmente até a sede do Instituto Interagir que fica na QNP 16 conjunto L lote 01 –setor P Sul- Ceilândia e entregar sua doação ou pode doar qualquer quantia em dinheiro diretamente na conta do Instituto Interagir, que será revertido na compra dos panetones. Banco - Caixa Econômica Ag. 4166 op. 003 conta 1504-0. As doações poderão ser feitas até o dia 23 de dezembro. Os panetones arrecadados serão entregues na véspera do Natal às famílias cadastradas em situação de vulnerabilidade social das comunidades carentes do setor P Sul, Pôr do Sol, Sol Nascente, Vila dos Carroceiros e Vila Madureira . Maiores informações pelo telefone (61) 8481-2355 ou pelo e-mail icipsul@gmail.com.



Um grande abraço,

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ofício 03/2010 – RSC Ceilândia, 23 de novembro de 2010

Prezados parceiros,

Gostaríamos de lhe convidar para a Reunião da Rede Social de Ceilândia que ocorrerá no dia 25 de novembro, às 9h00min, na sede do SESI da Ceilândia, no endereço QNM 27, Módulo B, Área Especial, Ceilândia Sul (na rua do HRC - Hospital Regional da Ceilândia).

A Rede Social da Ceilândia surgiu em fevereiro de 2008, a partir da iniciativa do Serviço de Atendimento a Famílias em Situação de Violência - SERAV, da Secretaria Psicossocial Judiciária do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), com a finalidade de promover ações para prevenir e enfrentar a violência e a violação de direitos contra crianças, adolescentes, mulheres e homens. Desde então, a Rede se expandiu e várias instituições da cidade passaram a fazer parte da mesma.

Para seu conhecimento, seguem os nomes de algumas instituições que hoje fazem parte da Rede Social em Ceilândia:

• Academia de Polícia Civil/ Polícia Comunitária;

• Amigos da Paz;

. Academia de Polícia Civil / Divisão de Polícia Comunitária;

. Ação Social pela Cultura, Esporte e Lazer – ASPCEL;

. Associação Fomento Social;

. Associação União e Luta P. Sul;

• Casa do Cravo e a Rosa;

• Centro de Atendimento a Vitimas de Violência - CEAV;

• Central Judicial do Idoso;

. Centro Comunitário São Lucas;

. Centro de Orientação Sócio-educativa – COSE/SEDEST

• Centro de Referência da Assistência Social - CRAS/Ceilândia;

• Centro de Referência Especializado da Assistência Social CREAS/Ceilândia;

. Grupo Atitude;

. Grupo Arte cultura e Vida;

. Juventude Independente;

• Serviço de Atendimento a Família em Situação de Violência – SERAV/ Secretaria Psicossocial Judiciária - SEPSI/ TJDFT;

• Serviço de Atendimento ao Usuário de Substâncias Químicas – SERUQ / Secretaria Psicossocial Judiciária - SEPSI/ TJDFT;

• Programa Justiça Comunitária / TJDFT;

• Secretaria de Estado de Justiça de Direitos Humanos e Cidadania;

• Circuito Marista Jovem;

• Centro Salesiano do Menor;

• Conselho Tutelar de Ceilândia;

• Conselho de Saúde de Ceilândia;

• Diretoria Regional de Ensino da Ceilândia / Ouvidoria e Psicopedagógico;

. EDUCS- Programa Educação para a Cidadania e Segurança / PMDF;

• Fraternidade Pobre Katar – Pastoral Social Paróquia Nossa Senhora da Assunção;

• Hospital São Vicente de Paulo;

• Hospital Regional da Ceilândia;

• Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

• Movimento Integrado de Saúde Comunitária – MISMEC;

• Movimento Pró Saúde Mental;

• Ecoatitude – Ações Ambientais;

• Valor Ambiental;

• Paróquia Nossa Senhora da Assunção;

• Regional de Saúde da Ceilândia - Secretaria de Estado de Saúde;

• Centro de Atenção Psicossocial/CAPS-AD Guará;

• Câmara Legislativa do Distrito Federal

. Universidade de Brasília – Campus Ceilândia / Decanato de Extensão / Núcleo de Prática Jurídica.



A pauta da reunião do dia 25 de novembro é dar continuidade à discussão sobre o funcionamento e objetivos da Rede Social de Ceilândia. Nesta reunião, também será realizada uma confraternização dos participantes da Rede.

Colocamo-nos à disposição para outras informações que se tornarem necessárias pelo telefone 31039398-31039319, no Programa Justiça Comunitária, no período vespertino, com a assistente social Ludmila Suaid e com o agente comunitário Valdeci.

Agradecemos desde já a atenção dispensada e contamos com sua participação na Rede Social da Ceilândia.

Atenciosamente,

________________________

Rede Social de Ceilândia

Ata da Reunião da Rede Social da Ceilândia

Local: Programa Justiça Comunitária (Fórum de Ceilândia)

Data: 28/10/2010

Duração: 09h às 12h30min
Estiveram presentes 16 instituições/serviços, representados por 22 participantes.

A reunião iniciou com Ludmila explicando o formato da reunião da rede de Ceilândia: 1) apresentação dos novatos; 2) lanche coletivo e aberto; 3) leitura da ata da reunião anterior; 4) apresentação da instituição que está sediando a reunião; 5: Pontos da pauta, 6; Informes.

Nesta reunião participam pela primeira vez: Ivonaldo Moura, estagiário de Serviço Social no Lar São José; Marcos, estudante de Serviço Social e estagiário do Centro Comunitário São Lucas; Tecla, do ViraVida, projeto destinado a jovens de 16 a 21 anos vítimas de exploração sexual, promoção de educação para jovens e adultos e cursos profissionalizantes; Sheila, psicóloga do Liberdade Assistida; Antônio, psicólogo do Liberdade Assistida; e João Paulo, da Rede de Integração da Sociedade Organizações Solidárias – RISOS.

Foi realizada a leitura da ata da reunião anterior.

A seguir foi feita a apresentação do Programa Justiça Comunitária pelas técnicas Ludmila e Tatianna e pelos Agentes Comunitários Antônio Montalvão, Valdeci, Elizabeth, Fabiana e Deus Eli. O Programa Justiça Comunitária é um programa coordenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT. Foi idealizado pela Juíza Gláucia Falsarella quando da sua atuação no Juizado Especial Itinerante. Tem como objetivo a democratização da justiça, por meio do atendimento realizado pelos Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania, voluntários da comunidade selecionados e capacitados para estimular a comunidade a desenvolver cidadania e construir uma cultura de paz. Para atingir esse fim os Agentes realizam mediação comunitária de conflitos, educação para os direitos e animação de redes sociais. Os Agentes contam com uma equipe interdisciplinar formada por profissionais do Direito, Psicologia e Serviço Social. O Programa funciona em Ceilândia desde 2000, em Taguatinga desde 2002 e em Samambaia desde 2009. Os Agentes pontuaram que eles são referência em sua comunidade, não há um caso mais ou menos importante, é importante o diálogo, as pessoas ficam agradecidas com a atuação deles, o trabalho é realizado na e para a comunidade, os Agentes são imparciais e o trabalho é sigiloso, realizam encaminhamentos para a rede social quando não há acordo entre as pessoas e atuam com ferramentas simples: diálogo, bom senso e respeito, pois o caso pode até ser parecido, mas as pessoas e os sentimentos são diferentes.

Várias questões foram dirigidas à equipe do Programa Justiça Comunitária e prontamente esclarecidas.

Após esta apresentação, foram retomados os pontos sinalizados na ata da reunião anterior: estratégias de fortalecimento da Rede Social de Ceilândia e ações a serem desenvolvidas nos próximos meses. Para tanto se questionou ao grupo: como está a rede? Como estão percebendo a rede? O que pode ser feito para melhorar?

Para Wesley (CEAV), a idéia da rede era a constituição de instituições que pudessem efetuar trocas, se apoiarem / se ajudarem; deveria ser um contato mais fraternal entre as instituições. E na verdade ele observa que tomou um rumo político com as ações realizadas neste ano. Questiona o que queremos: instituições mais politizadas ou voltadas mais para os serviços? Sugere que a rede deve trabalhar a atuação de ajuda, concentrar-se nos serviços para ajudar a cidade.

Janete (CEAV) pontuou que o CEAV perdeu o espaço que tinha na Ceilândia, agora atuam somente em Samambaia. Por não morar aqui, é difícil expressar o que Ceilândia precisa. Ao ser questionada sobre o CEAV, respondeu que é financiado por meio de um convênio com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, que existem mais dois Centros. A ONG Vida e Juventude é quem executa esse programa, é um trabalho de interesse público.

Há uma retomada do assunto da pauta, em que Valdeci aponta que é preciso discutir políticas públicas na rede, que seja uma discussão política, não voltada para a questão partidária. Para ele é preciso refletir sobre o momento que estamos vivendo. Devemos discutir com os candidatos eleitos que irão gerenciar as políticas. Não há como ter uma rede social com várias instituições e não buscar o que queremos das autoridades.

Leiliane (CECOSAL) pede para que todos que tiverem uma opinião expressarem, pois somos poucos. Para ela é preciso esclarecer o sentido de rede social e rede sócio-assistencial. Na Rede Social de Ceilândia há diversos segmentos. O CRAS, por exemplo, tem como objetivo ofertar serviço e gerenciar a rede, por isso é importante que eles participem. Se não participam qual seria nossa função? Também alertou que se não houver discussão política não há valor simbólico e objetivo da rede existir. È necessário fazer um banco de dados e centralizar em algumas pessoas; tentou fazer um grupo do gmail, mas não conseguiu. Para ela, é incômoda a não-participação do maior representante da rede assistencial.

Gmayel (EDUCS) informou a importância da parceria do Programa Justiça Comunitária junto à Polícia. Disse que 70 a 90% dos casos que a PM atende na rua são para mediação. Sobre a pauta da reunião acredita ser importante a questão política estar compondo as discussões. Para ele é preciso haver um diálogo com quem é o executor das políticas – o governo; é preciso realizar ações integradas. Informou que o EDUCS trabalha na intervenção com usuários de crack e outras drogas.

Para Everardo (Amigos da Paz), a escuta é importante, mas é preciso falar. Segundo ele a rede social significa largar o padrão social antigo e experimentar novas formas. É preciso estudar os conceitos de rede, saber sobre padrões de rede. A Rede Social de Ceilândia vem andando numa experiência legal, mas é preciso fazer o diálogo desta rede; entrar no site www.escoladerede.ning.com. É preciso buscar estratégias de fortalecimento da rede da Ceilândia. Já existem inúmeras redes: rede da paz do IESB, rede no Itapoá, em Samambaia, entre outras. É um fenômeno! Quem quiser vir, vem; é preciso paciência! Quanto à confusão entre política e partido, pode-se dizer que estes tem sido questionados, mas a política não. É necessário discutir política a partir da ciência, da arte, da prática, da ação, da filosofia, da ética, da educação; é um exercício humano. É uma forma efetiva de buscar melhorias e de melhorar a vida dos outros.

Leonardo Ortegal (SEJUS) afirmou que nestes dois anos de rede a questão da participação política foi muito variada, mas para ele o trabalho é suprapartidário. Os problemas que houveram foram contornados, mas não se pode negar a autonomia das pessoas. Em relação a rede não se pode deixar correr solta, prejudica a Ceilândia. Questiona se a rede é um movimento social ou um espaço de articulação de serviços. Sugere partir pra rua e depois da conquista redefinir as estratégias. É preciso reavaliar de forma propositiva o que devemos fazer. O objetivo da rede é a realização de ações integradas e articulação dos serviços.

João Paulo (RISOS) trouxe a informação sobre a Escola de Redes. É uma plataforma de netweaving, quando se cadastra automaticamente, tem-se um blog. Sugere a inscrição da Rede Social de Ceilândia neste site. Para ele, rede é um conceito novo que requer estudo. A rede se autofiscaliza. Quer apresentar a metodologia que trabalha em outra oportunidade (foi sugerido na próxima reunião).

Para Valdeci (Justiça Comunitária), a Rede Social de Ceilândia foi criada com o objetivo de conhecimento dos serviços e realização de ações concretas em Ceilândia, pois, segundo pesquisas, é a cidade mais violenta do DF. O que a Rede pode fazer? Como envolver o Governo? A Rede tem que atuar! Conhece-se o que Ceilândia precisa. Para ele, Ceilândia todo tempo é uma cidade que qualquer movimento tem um deputado por trás querendo aparelhar. A Rede sobreviveu sem aceitar isso. Para a adesão de algumas instituições seria importante alguns representantes da rede apresentar como funciona a Rede Social de Ceilândia.

Vera diz que há desinformação sobre o funcionamento da rede. Ela enfrenta dificuldades para participar das reuniões. Se tivesse uma solicitação/informação para as chefias sobre a reunião seria melhor.

Tecla (SESI) acha importante bombardear instituições com informações. Fazer convite para as chefias liberar os servidores.

Ludmila (Justiça Comunitária) diz que, segundo a Profª Ilse Scherer, as redes devem ser descentralizadas, horizontais e participativas. Sugere usar modelo de ofício que foi feito no Seminário da Rede para apresentar a Rede.

Wesley disse que sentiu que a sua fala foi criticada e ampliada. Para ele, a Rede deve funcionar como troca de informação, uma forma de auto-ajuda. O coletivo se ajudando para ajudar a sociedade. Acredita que algumas pessoas se afastaram da Rede por conta da política.

Ludmila aponta que a Rede é aberta a todos. Deve-se cuidar para não haver aparelhamento. Coloca que a discussão sobre o envolvimento político deve ser retomada na próxima reunião.

Leonardo comenta sobre o jornal “O Miraculoso”, onde deverá ser publicada a poesia elaborada pela Rede “O que queremos de Ceilândia nos próximos 04 anos”, bem como apresentar a Rede Social de Ceilândia.

Neste momento Everardo exibe vídeos da Campanha do Desarmamento. Filmes dirigidos às mulheres, pois o número de mortes de homens é bem maior. Everardo é o coordenador da Campanha no Distrito Federal. Será feita tanto a campanha de esclarecimento, como o recolhimento de armas e munições. Vários segmentos da sociedade estão participando desta campanha: 76 organizações da sociedade civil da rede nacional. É uma rede aberta a todos. No dia 08/11/2010 será realizada a primeira reunião aberta a quem interessar pelo tema, no Setor Comercial Sul, às 18 horas. Até 30/11/2010, inscrições para quem puder fazer o vídeo.


Informes:
- Ação social na Paróquia do P Sul. Quem interessar enviar e-mail ou contatar com a Lúcia.

Próxima reunião da Rede: dia 25/11/2010, no SESI de Ceilândia.

Pauta: Dar continuidade à discussão sobre o funcionamento e objetivos da Rede. Nesta reunião será realizada a confraternização, com amigo oculto (lembrança de R$ 1,99), declamação de poesia sobre a rede (a quem interessar; e se for enviada a poesia antecipadamente para o blog ganhará brinde).